Cientistas descobrem maior vitória-régia do mundo, com 3 metros de largura; veja fotos

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Uma das plantas aquáticas mais fascinantes da natureza, a vitória-régia é encontrada em abundância na nossa Floresta Amazônica.

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Batizada com esse nome pelos ingleses em homenagem à Rainha Vitória, ela é considerada sagrada pela cultura afro-brasileira, onde recebeu outra nomenclatura: oxibata.

maior vitória-régia do mundo
Crédito: Jardins Botânicos Reais de Kew | Carlos Magdalena

Entre os indígenas e seu rico folclore, a vitória-régia era uma índia que se afogou no rio após tentar beijar o reflexo da lua. Até hoje seu suco, extraído das raízes, é usado como tintura negra para os cabelos.

Além disso, seu rizoma (um tipo de caule), também chamado de cará-d’água, é comestível. De suas sementes, ou milho-d’água, produzimos amido, uma importante fonte de carboidratos.

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E apesar de ser conhecida pela humanidade há séculos, a vitória-régia continua a nos surpreender. Recentemente, pesquisadores de Londres, na Inglaterra, descobriram uma nova subespécie, considerada a maior do mundo!

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Crédito: Jardins Botânicos Reais de Kew

A Victoria boliviana, como foi batizada, é realmente enorme: suas folhas crescem até 3 metros de largura, podendo suportar mais de 40 kg.

Hoje, suas espécimes prosperam em um dos maiores pântanos do mundo, os Llanos de Moxos, uma planície na província de Beni, no norte da Bolívia.

Como toda vitória-régia, suas flores (produzidas em abundância!) só se abrem à noite, uma de cada vez, mudando da cor branca para rosa coberta de espinhos afiados.

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Crédito: Lucy Smith

Curiosamente, apesar de ser tão grande e chamativa, a subespécie só foi descoberta agora devido a um mal-entendido.

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Crédito: Jardins Botânicos Reais de Kew

De volta ao século XIX

Quase duzentos anos atrás, em 1852, alguns exemplares de vitória-régia gigantes foram transportados da Bolívia à Inglaterra, onde passaram a ser cuidadas e cultivadas pelo herbário dos Jardins Botânicos Reais de Kew, em Londres.

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Por muitos anos, os botânicos europeus acreditavam que só existiam 2 subespécies gigantes: a Victoria amazonica e a Victoria cruziana.

Foi só depois de 177 anos que eles perceberam que o exemplar não era uma Victoria amazonica, mas uma subespécie nova!

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Crédito: Cesar David Salazar

A descoberta

Em 2016, o Jardim Botânico Santa Cruz de La Sierra e o Jardins de La Rinconada, na Bolívia, doaram uma coleção de sementes de vitória-régia para o antigo jardim botânico londrino.

Sob os cuidados do horticultor Carlos Magdalena, especialista mundial em nenúfares (plantas aquáticas da família das ninfeáceas), elas foram cultivadas por cinco anos até ele descobrir que de fato, se tratavam de subespécies diferentes.

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Crédito: Jardins Botânicos Reais de Kew

Basicamente, a Victoria boliviana tem uma distribuição diferente de espinhos e sementes quando comparada às suas ‘primas’. Além disso, seu código genético é único.

Assim, em parceria com uma equipe especialista em Horticultura e Arte Botânica, foi possível comprovar cientificamente a descoberta da nova espécie.

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Crédito: Jardins Botânicos Reais de Kew

A novidade trouxe um frescor ao estudos dos nenúfares, uma vez que novos espécimes não eram descobertos há mais de 100 anos!

E mais: agora, a Victoria boliviana – que, coitada, passou tanto tempo despercebida, – tornou-se a maior vitória-régia do mundo, com 3,2 metros de largura e mais de 2,5 metros de diâmetro quando encontrada em seu habitat natural. Incrível, né? ?

Fonte: Ciclo Vivo

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