Amigas há 60 anos e “o papo é o mesmo desde os tempos de juventude”, brincam (MS)

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Algumas amizades são tão duradouras que poderiam facilmente ser estendidas para outras vidas. Dona Esmeralda e Dona Petronilha são incríveis exemplos disso!

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Amigas há 60 anos, as idosas de Campo Grande (MS) se tornaram símbolos perfeitos de amizade.

Apesar de morarem em bairros distantes, as duas sempre se veem ao menos uma vez por semana. “Sou capaz de infernizar qualquer um para ser levada até a casa da minha amiga”, brincaram elas em entrevista ao portal Campo Grande News.

Amigas há 60 anos, idosas de Campo Grande (MS) dão receita para o bom convívio: 'Fé nas pessoas'
Foto: Alex Machado

Amizade é confiança

Se tem uma coisa que Esmeralda e Petronilha sabem como ninguém é que para ser feliz em qualquer lugar ou nas relações do dia a dia é necessário ter fé nas pessoas.

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Claro que isso nem sempre dá certo, já que é comum nos decepcionarmos com as atitudes das outras pessoas. Por vezes, também somos tão diferentes uns dos outros que a amizade não vai para frente… Mas cada caso é um caso, né?

As incríveis seis décadas de amizade entre as idosas é muito celebrada por suas respectivas famílias, especialmente os filhos, que nunca se esquecem da necessidade de ambas se verem toda semana.

Eles sempre dão um jeitinho de levar Esmeralda até a casa de Petronilha, ou vice-versa.

Mudança de endereço

Até alguns anos atrás, as coisas eram mais fáceis: antes, Esmeralda Sanches Imolas morava na mesma rua que Basicia Domingues Steche (a Petronilha), e as duas se viam todos os dias.

Foram quase 5 décadas sendo vizinhas até Esmeralda ficar viúva e ir morar em outro bairro. Devido à idade avançada – ambas tem mais de 80 anos, – elas precisam contar com a ajuda da família para as visitas ocorrerem.

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Mas isso é apenas um detalhe: afinal, o papo é o mesmo desde os tempos de juventude, sempre regrados a risadas e um bom cafezinho.

Essa leveza de tocar a vida permitiu às duas acompanhar a jornada uma da outra de camarote, sem que o sentimento de fraternidade se perdesse ao longo do tempo, como acontece muitas vezes.

“É muita gratidão”, comentou Petronilha. “É gratidão e caneco”, brincou Esmeralda, recordando de um tempo em que ainda tomava cerveja nas festas em família.

“Passamos muito Natal e Ano Novo juntas. Dava meia noite e a gente enchia o caneco juntas. Era só alegria, sem briga, sem falta de respeito. Tinha compreensão”, descreveu Esmeralda.

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60 anos de amizade

Foi na época em que constituíram família que as visitas se tornaram constantes. Uma ia para a casa da outra tomar um café e reclamar da barulheira que as crianças fizeram ao longo do dia.

Para Dona Esmeralda, acompanhar a vida da amiga só foi possível porque nunca houve julgamentos. “Nós somos diferentes, todo mundo é, mas eu nunca julguei ela. Sempre a escutei e ela sempre me escutou. Acho que esse é o segredo”, disse.

Para Petrolina, o sentimento de gratidão supera qualquer diferença ou contenda que ela já teve com a melhor amiga. “Uma sempre cuidou da família da outra, vimos os filhos crescerem juntos, brincando na mesma rua. É uma gratidão muito grande”, completou.

O único ponto a reclamar hoje é a distância que as separam. “Eu fico triste por ela morar longe. Se eu pudesse continuava na mesma rua. Eu queria até que ela morasse comigo”, diz Petronilha.

Sem opções, o jeito foi se adaptar e, conforme brincam, “infernizar” os filhos se for preciso. “No fim de semana eu vou almoçar lá na casa dela, ela já me convidou. Ai de quem não me levar”, brinca Esmeralda.

Ao final, ela fez questão de deixar um conselho: “Geração de hoje em dia tem que aprender a se aborrecer menos, ignorar e entender que às vezes você não vai mudar o outro”, completou.

Fonte: CG News

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