Casal de venezuelanos cegos rejeitado em trabalho é contratado por uma das maiores clínicas de massagem de SP

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Um ano atrás, o casal venezuelano José Gregório, de 44 anos, e Griciel Carol, de 34, foram rejeitados ao procurarem uma vaga de trabalho. Agora eles estão empregados em uma das maiores clínicas de massagem de São Paulo.

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“Está muito bom, graças a Deus! Muito melhor que antes e de quando estávamos na Venezuela. Nós nos estabelecemos aqui”, disse Carol.

Ela, que é formada em Turismo, e José, que cursava Fisioterapia, trabalhavam com projetos de tecnologia e mobilidade para pessoas cegas na Venezuela.

casal de venezuelanos cegos com roupa de massagem em clínica
Foto: Divulgação

O casal está no Brasil há quase três anos, desde que veio da Venezuela. Eles vieram por Roraima e ficaram no projeto abrigo Refúgio 343. Depois conseguiram alugar uma casinha em São Paulo por meio de seus padrinhos no projeto, Luciene e Daniel.

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Por falta de acesso ao tratamento, Carol teve perda total da visão na adolescência por conta de um glaucoma. José também perdeu a visão na adolescência em decorrência de uma doença chamada retinal hereditária.

No Brasil, eles se especializaram através de um projeto (Serenidade do Toque) em Quick Massage, Reflexologia Podal e Massagem Clássica, tudo para conseguir emprego. Mas nas oportunidades que batiam à porta eram rejeitados por serem cegos.

Massagistas de branco fazendo massagem em mulheres em clínicas de spa
Foto: Divulgação

Obrigado, nós não precisamos de cegos”, foi o que ouviram de um empregador. Além disso, Carol já recebeu oferta para trabalhar com massagem íntima, numa clara demonstração de preconceito, misoginia e xenofobia.

Venezuelano cego fazendo massagem em mulher
Foto: José se especializou em massagem. Foto: Divulgação

Venezuelana cega vestida de branco fazendo massagem em mulher
Carol aprendeu sobre massagem para arrumar emprego no Brasil. Foto: Divulgação

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Com toda essa situação, o Razões para Acreditar realizou uma vaquinha online através do VOAA para o casal. Com o dinheiro arrecadado, eles conseguiram manter o aluguel da casa, mobiliar a moradia, manter a família, que também conta com a mãe de Carol, Dona Haiide, de 66 anos, e ir em busca de uma vaga de emprego.

Três pessoas sentadas em banco na sala
Dona Haiide, mãe de Carol, também mora com o casal. Foto: Arquivo Pessoal.

“Conseguir um trabalho não é tarefa fácil, quando você é um refugiado e ainda carrega a deficiência visual, as barreiras se tornam quase impossíveis de serem superadas”, disse Daniel, o padrinho do casal que os acompanhou até a conquista do emprego.

Hoje eles já pensam até em comprar a casa própria. “Queremos ter uma coisa já para nós. Uma coisa mais estável“, disse Carol.

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Venezuelano cego fazendo massagem em pé de mulher

E tem mais: a Manuia SPA lançou descontos para os clientes que quiserem fazer massagem com José e Carol e vai destinar uma parte dos valores pagos pelos serviços com eles para o projeto abrigo 343, que deu guarida ao casal e a tantos outros imigrantes.

O bem é uma corrente que divide e multiplica né?! Mandaram bem demais, Manuia!

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