“Quando finalmente aceitei que não poderia gerar uma vida devido ao tratamento do câncer, eu engravidei”

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mulher diagnosticada com câncer de mama com a cabeça raspada

A influenciadora digital Linda Rojas enfrentou dois diagnósticos de câncer de mama antes de completar 30 anos. Linda recebeu o primeiro diagnóstico em 2012 e o segundo em 2017. Após superar a doença e aceitar que, devido ao tratamento, talvez não pudesse engravidar, Linda foi surpreendida com a gravidez do Martín, hoje com 1 ano e oito meses.

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Linda conviveu com a incerteza de se poderia ou não engravidar por quase uma década. Seu maior sonho sempre foi ser mãe, e ela chegou a considerar a adoção como alternativa para tornar esse sonho realidade.

“Foi um dos primeiros diálogos que eu tive com o médico: ‘Olha, Linda, pode ser que o tratamento impacte sua fertilidade’. Aos 24 anos, você não espera ter esse tipo de conversa. É como ver um pedaço da sua vida sendo tirado de você aos poucos. E o pedaço de um sonho também, pois era um sonho pra mim ser mãe”, contou Linda.

Porém, o destino tinha outros planos para a influenciadora e especialista em visão do paciente. Com o apoio dos profissionais de saúde, Linda conseguiu engravidar em sua primeira tentativa: “Eu vi o meu corpo, antes tão doente, gerar uma vida. Essa é a minha maior conquista! Sempre quis ser mãe, e é muito mais especial para mim ser mãe do Martín”.

Linda sonhava em ser mãe. Foto: Arquivo pessoal

“Ele é a alegria da nossa casa e da nossa família. Para a minha mãe, que viu a filha passar pelo câncer com a possibilidade de não engravidar, também está sendo muito especial curtir o neto”, comemora.

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Linda com Martín, a mãe e o marido. Foto: Arquivo pessoal

“Eu estava em uma das melhores fases da minha vida e tive que interromper tudo”

Linda faria uma viagem com seu namorado quando sentiu um nódulo em uma de suas mamas enquanto fazia as malas. Ela estava vivendo uma das melhores fases da vida dela: prestes a começar a faculdade dos seus sonhos e namorando alguém que ela amava muito, o Caio, pai do Martín.

“Em um primeiro momento, não me preocupei tanto quanto deveria. Depois eu fui entendendo que aquilo poderia ser grave”, relembra.

Foto: Arquivo pessoal

Linda buscou ajuda médica e foi quando recebeu seu primeiro diagnóstico de câncer de mama. O tumor já estava em estágio avançado, mas, felizmente, não havia se espalhado para o restante do corpo: “Eu tive um pouco de sorte, mas poderia não ter tido. Por isso, é muito importante ir ao médico assim que você perceber algo de anormal”.

“É muito doloroso para uma mulher se ver nesse processo”

O câncer virou a vida de Linda do avesso. Além de passar por duas cirurgias para a retirada das mamas, a perda de cabelo e outros efeitos colaterais da quimioterapia, como os enjoos, eram desafios constantes.

O cabelo começou a cair enquanto eu tomava um banho. Eu lembro disso até hoje. Lembro que chamei minha mãe porque o cabelo estava escorrendo pelo meu corpo e indo literalmente pelo ralo. É muito doloroso para uma mulher se ver nesse processo”, conta.

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Foto: Arquivo pessoal

Inclusive, Linda comenta que sentia um pouco de vergonha durante o primeiro tratamento, não exatamente pela falta de cabelo, mas por se sentir exposta. O fato de estar careca era como se todo mundo soubesse pelo que ela estava passando, “e tem horas que você não quer falar o que você está passando. Você não quer se mostrar vulnerável o tempo todo”.

“Tirar as duas mamas também foi um processo muito difícil. Tem tanta coisa ligada à feminilidade, autoestima e a própria sexualidade. E é um processo solitário porque, apesar de você ter uma rede de apoio, está acontecendo no seu corpo”, reflete.

Caio raspou o cabelo em apoio à Linda. Foto: Arquivo pessoal

Uma Linda Janela

Após a recidiva da doença, Linda iniciou seu segundo tratamento contra o câncer de mama. Para ela, essa nova etapa foi um divisor de águas em muitos sentidos, principalmente emocional.

Embora tenha sido profundamente doloroso reviver tudo novamente, foi nesse momento que Linda decidiu compartilhar suas vivências e conscientizar mais pessoas sobre o câncer de mama, dando vida ao projeto Uma Linda Janela (@umalindajanela).

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O segundo tratamento foi uma virada de chave para Linda. Foto: Arquivo pessoal

“O projeto nasceu de uma forma linda. Pude dividir minha experiência em tempo real. Fiz do limão uma limonada. Agora, eu posso trabalhar com a causa que eu amo, e, com a minha experiência de vida, ajudar outras pessoas”, disse.

“Se eu pudesse olhar no olho de quem está passando por esse momento, além de um abraço forte, queria muito dizer para elas continuarem sonhando. Continuem sonhando porque a vida continua acontecendo”, completou.

Linda realizou o sonho da maternidade em meio a um tratamento oncológico. Foto: Arquivo pessoal

#AVidaEuTragoNoPeito

Linda é embaixadora e um dos rostos da nova campanha da farmacêutica Eli Lilly, chamada #AVidaEuTragoNoPeito.

A campanha alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e enfatiza a necessidade de manter uma rotina de consultas e exames, sempre de acordo com as orientações médicas. Um estilo de vida saudável pode prevenir o câncer e ajudar os pacientes a enfrentarem a doença.

Linda também é palestrante, consultora e empreendedora social. Foto: Arquivo pessoal

Eu tenho muito orgulho de empresas que veem o paciente além da doença. É o caso da Eli Lilly. Para uma paciente, é muito importante poder compartilhar as nossas demandas e como a gente se sente. É um trabalho muito lindo e que está sendo bastante apoiado pela Eli Lilly”, destaca Linda.

“A campanha A Vida Eu Trago No Peito é a minha história. É realmente a minha vida podendo ser amplificada e amplificando a voz dos pacientes”, completou.

Para nós, é motivo de muito orgulho reverberar uma campanha tão importante. Afinal, promover informações sobre saúde para mais pessoas sempre será um compromisso nosso.

Acompanhe a campanha #AVidaEuTragoNoPeito pelas redes sociais da @lillydobrasil para se manter informada sobre o câncer de mama!

PP-NB-BR-0235 – SETEMBRO 2023

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